"Eu tenho nojo e ódio à ditadura". Essa frase, dita por Ulisses Guimarães no dia 5 de Outubro de 1988, por ocasião da solenidade de promulgação da Carta Constitucional da República Federativa do Brasil, ecoa ainda hoje nos meus ouvidos.
Naquela data extinguiam-se as atrocidades que foram cometidas nos últimos vinte anos em que o Brasil fora governado por militares.
Todo aquele simbolismo que se criou naquele momento, representado na frase do senador naquela solenidade há de ser rememorado hoje, vinte e cinco anos depois, principalmente se esse exercício de memória nos fizer chegar aos mais recônditos porões da ditadura da mente ocupada pela preguiça de pensar.
Ulisses Guimarães, Sarney e outros tantos, em 1964 elegeram o General Castelo Branco para assumir a presidência do Brasil que acabara de sair das mãos ligeiras daqueles que planejavam trazer às terras brasileiras o comunismo como forma de domínio da nova sociedade. Continuaram aplaudindo e convivendo pacificamente com os outros militares que se seguiram no poder, todos eles eleitos, mesmo que de forma indireta, pelos Ulisses e Sarneys, hirudíneos da carreira política tupiniquim.
A nova Carta de 1988 foi lançada como o antídoto que restabeleceria a saúde física e moral da grande nação que lutava dia-a-dia para distanciar-se dos vizinhos sul-americanos.
Hoje, para comemorar a promulgação da Constituição, merece relembrarmos o antes dela, resguardada as devidas proporções, tais como a corrupção, que era algo incipiente, mas vergonhoso; o crime, chegava a índices quase insignificantes; isso tudo sem levar em consideração os crimes cometidos pelos insurgentes que eliminaram alguns Mários, um dos quais a família Kozel não pretende esquecer. Drogas? Só as de Holanda que reluziam os espelhos dos caetanos que esquadrinhavam a alma feminina em cálices que os pais não conseguiram afastar.
E hoje? Chico desencanta, baiano não canta e o judiciário espanta a única esperança dos que ainda sonham em viver.
A estrela vermelha brilha à custa da luz que ilumina os cofres apodrecidos por mãos nanodigitus, de almas macunaímicas que ditam loas, sem qualquer cerimônia quando se lhes aumentam o nariz.
A estrela vermelha brilha à custa da luz que ilumina os cofres apodrecidos por mãos nanodigitus, de almas macunaímicas que ditam loas, sem qualquer cerimônia quando se lhes aumentam o nariz.
Nem vou falar dos crimes! Isso fica por conta dos "datenas" que usam as antenas que espalham a violência que enriquece outros cofres não menos apodrecidos.
Em razão disso, hoje, posso plagiar o velho Ulisses:
- "Tenho nojo e ódio à ditadura", seja ela qual for: a que causa dor e a que causa indignação.
Todas elas, as ditaduras, escondem um real interesse: poder e capital, sem o necessário labor.
Todas elas, as ditaduras, escondem um real interesse: poder e capital, sem o necessário labor.
São os novos riquinhos insatisfeitos e ociosos que somente a democracia e o comunismo podem proporcionar, tamanha a distorção psicossocial que podem neste povo néscio provocar.
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