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MÚSICA E CIÊNCIA DECADENTES



Única foto de Chopin

Em um dia como o de hoje, lá nos idos de 1849, na cidade de Paris, a tuberculose ou talvez a fibrose cística, aniquila Frédéric François Chopin, exímio pianista polonês que viveu e adotou a França como berço.
Já em 1933 o físico alemão relativista Albert Einstein chega aos Estados Unidos fugindo da perseguição nazista.
Os dois são homens que o tempo, mesmo impiedosamente passando, não os fez esquecidos. 
A música deve a Chopin e a ciência muito mais a Einstein.
Ao lembrá-los hoje, fatalmente me vem a pergunta:
- Há no Brasil algum Chopin ou algum Einstein para que no futuro possam ser lembrados?
Einstein
Talvez haja. Eu mesmo conheço um Chopin que é carregador na feira do bairro do Catolé em Campina Grande. Música? A música passou bem longe do Chopin do Catolé, por aqui pronunciado como se escreve. Talvez o único som que ele conheça seja o da roda do carro de mão que utiliza para levar produtos nas casas dos fregueses que lhes dão gorjetas pela força braçal que toca o piano desafinado pelos braços do carrinho.
Einstein por aqui? Pode até haver alguém que tenha tamanha desenvoltura para conseguir algo parecido, porém, será que a ele os campos de pesquisas e escolas apropriadas abrirão suas portas?
A música brasileira, emprenhada de funks, ximbinhas, emecis, joelmas, chorões, gabys e outras “celebridades”, com data de validade até o próximo programa, fazem o “sucesso” que os imediatistas vendedores de estrumes culturais empurram de goela abaixo naqueles “intelectuais” formados nas “iscolas” que só sabem contar até os nove dedos das mãos.
Tudo acontece porque os chicos já não são Buarques e os Caetanos dançam apoiados no desencanto dos Nascisos que acham feio o que não é espelho. Não refletem a alma do verdadeiro Chopin nem a laboriosa atividade do Einstein.
A universidade brasileira, cujo ícone de maior representatividade é a Universidade de São Paulo - USP, compreende no todo apenas o braço filosófico gramscista que jamais produzirá relatividade em coisa alguma. Ao contrário, proporciona, na prática, a absoluta concentração dos compostos químicos da insegurança institucional do país já em estado de putrefação.
A mim não me susrpreende nada em um país que sequer conhece Ernesto Nazareth e o Padre Roberto Landell de Moura!    

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