Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2011

Uma profunda lição

 Na minha terra as coisas são resolvidas de uma forma bem simples como se exige às pessoas desse naipe, porém, não sem antes fazer com que o camarada  possa tirar suas próprias conclusões.          E eu digo isso por um simples motivo: certa vez, em minha casa, na horinha do almoço, todos nós sentados nos bancos de madeira que ladeavam aquela mesa comprida, meu pai Antonio Carlos, minha mãe Luzia Bucar, minha avó Esmeralda Bucar, meus irmãos Kaaled, Fernanda, Haroldo, Lúcio e eu, esperando para que a comida fosse exposta, claro que naquelas travessas enormes. O calor era tão grande que os homens geralmente sentavam à mesa sem camisa, somente com um calção e chinelo de dedo.          Pelo menos eu já estava com bastante fome e, só pra lembrar, a comida do povo do sul do Maranhão é bastante arroz, fava ou o feijãozinho vermelho da terra, acompanhados de um tipo de carne de boi, porco, bode, carneiro ou mesmo uma caça, geralmente temperadas com cheiro-verde e pimenta de cheiro,  re

Os Balsenses das Minhas Lembranças

        Para ser considerado um balsense três condições são necessárias: nascer,  adotar como cidade natal e acrescenta-se uma terceira que é a devoção por Balsas_MA.           O sentimento que cultuamos à cidade é, de fato, o grande diferencial. E pra provar que em Balsas, pelo menos da minha época e da que ouvi minha avó Esmeralda Bucar por várias vezes repetir, guardo na lembrança pessoas que de alguma forma ficaram na minha mente. Sei que ainda faltam bastantes. Não tive a ajuda necessária para concluir a relação ideal, e, em razão disso, após a publicação, pretendo acrescentar mais algumas que me faltaram na memória e por isso a ajuda daqueles que desinteressadamente quiserem ajudar é de suma importancia. Tenho certeza de que ainda faltam muitas.       Um esclarecimento se faz necessário, haja vista que alguns deles são tratados, não pelo nome de batismo ou nascimento, mais pelo apelido que era comumente reconhecido. Diante disso, minhas reais escusas se me fiz parecer ag

Filosofando

   Quando eu era pequeno lá eu Balsas-MA, acostumei-me a ouvir algumas frases daquela gente que, em princípio, soava como um deboche, falta do que falar, enfim.    Mais tarde, fora de Balsas, estudando, notei que os filósofos apenas davam àquele linguajar pobre do interior um ar mais aristocrático para, no final, dizer a mesma coisa! Aí vi que na minha terra havia vários filósofos, coisa que só se podia pensar de pessoas altamente inteligentes e que com certeza jamais ouviram falar de Balsas-MA.    É por isso que a partir de hoje vou publicar, à medida da lembrança, as potocas filosóficas do meu povo.    Pra começar, filosofar é um termo muito pouco entendido por lá. Disseram aos balsenses que filosofar é pensar. E como todo balsense sabe que TODO PENSO É TORTO, não fisolofa, matuta.    A dialética é muito aplicada na região. Mentimos para os outros acharem graça e nos darem o valor bem maior do somos e depois nós, cá com os nossos miolos dizemos: "não é bem assim mesm

A você, Balsas, deixe que eu me apresente melhor.

   Na realidade estou me reapresentando a você, Balsas! Lembra de mim?    Talvez sua memória atávica venha à tona, principalmente quando falarmos dos anos 75, 76 e 77.    Estudei na Escola Normal Dom Daniel Comboni, aluno da 5ª e 6ª séries (repeti a 6ª série por motivos de doença), cujos mestres eram (perdoem os que por acaso esqueci): Amparo (matemática), Irmã Luíza (Moral e Cívica), Irmã Eustolia Maria (História e responsável pelos esportes em geral), Deuzuita (português), Dona Eunice do Dico (Ciências), Marlene Garcez (geografia), Irmã Terezinha (religião) e os colegas de classe como o Papagaio do Cabeça, Luzardo, Florisval Rodrigues, Antonio da Úrsula, Capuchinho, Flávio do Moisés Coelho, Diosa e Ângela (filhas do Cana Verde), Luciano Fonseca, Patrícia Fonseca e outros tantos. Bons tempos.    Lembro-me do dia que saímos da Escola e já começamos a encher o saco do senhor Lurica. Depois disso, saímos juntos eu e o Florisval e nos dirigimos à igreja de Santo Antonio, mexer no órgão d

Lorota de Balsense

Um dos sujeitos que só no Balsas existe é o Felix Bolô. Sujeito engraçado, baixo, forte, voz grave e moreno. Típico sujeito do lugar! Certa vez candidatou-se a um cargo de tratorista. Teve que se submeter ao teste prático. Quando chegou sua vez de realizar a prova, Felix Bolô  solicitou ao avaliador da prova que lhe emprestasse um jornal. Surpreso, o rapaz perguntou: - Pra que você quer um jornal? Logo agora? Felix Bolô arrematou: - Vou estendê-lo no chão e vou passar com a lâmina do trator pra tirar só as letras. Só no Balsinha de açúcar! Outra do Felix Bolô. Certa vez a polícia fez uma batida na casa do Félix Bolô acompanhada de repórteres como em todo lugar do mundo. O policial encontra uma lata no quintal da casa e ao abri-la notou tratar-se de maconha. Pergunta ao Bolô: - De quem é isso aqui? Félix Bolô, com a cara mais lisa do mundo, responde como bom balsense: - É de quem achou, senhor!  É  seu. Coisas do Balsinha de Açúcar...  

CHORO DA CONTEMPORÂNEA EM SÃO PAULO

   Quem gosta do Choro – gênero musical brasileiríssimo – mora em Sampa ou na Grande São Paulo e não conhece a Contemporânea no dia de sábado, não sabe o que é realmente saborear um bom choro.    Velha Guarda como o Sr Jamil (violão 7 cordas) e Antonio Galani (cavaco), este último o considero como o “acorde perfeito”, pois encontra acorde para todos os trechos da música. Perfeição absoluta!    Além deles outras feras como o Arnaldinho do Cavaco, instrumentista da mais alta categoria. Violão de 7, de 6 e bandolim são mais algumas habilidades do jovem.    Sr Miguel Fasanelli foi o curador da sala do choro por muitos anos até falecer em 02 de março de 2009. Sujeito simples e de fácil traquejo. Foi o dono da Loja Contemporânea, que fica no nº 46 da General Osório, bem próximo à Sala São Paulo, onde o pessoal “senta a ripa” no choro aos sábados das 9 às 14 horas. Show gratuito da melhor qualidade e em  São Paulo. E dizem que paulista não sabe chorar!     O show continua, gente!