Hoje acordei com saudades dos velhos amigos de Balsas.
Abri o baú e dei de cara com uma foto que me parece representar bem o dia de hoje.
Tenho outros amigos, porém os que os fiz por lá, jamais serão esquecidos.
Os jovens de hoje pensam que não tivemos juventude. Acham que o mundo deles é mais importante e que nós, um pouco mais desgastados pelo tempo, jamais passamos pelas experiências da juventude.
Claro que não. Isso mesmo! As experiências que eles têm hoje, nem de longe chegam aos pés das que tivemos outrora.
Não havia computador - pelo menos em Balsas. Internet, nem pensar. No entanto, havia o rio Balsas, onde tudo acontecia durante o dia; à noite, o passeio nas praças das igrejas era o ápice das emoções juvenis.
Católicos praticantes? Que nada! Íamos paquerar as garotas de Balsas. É isso mesmo.
As famílias levavam seus filhos e lá, depois da missa, o passeio pelas praças acontecia. Era a nossa maior diversão.
Eu e meus amigos ficávamos à espreita de alguma "vítima".
Vítima da nossa imaginação, pois o meu grupo era formado dos rapazes mais "frouxos" de Balsas. Frouxos no sentido de chegar juntos às garotas.
Também, Nazareno, Gavião, Gilson Bucar, eu e Feitosa (na foto faltou o Lourival do Olavo e o Luís Bezerra), sonhávamos com música e ficávamos nisso mesmo.
Cada um mais frouxo que o outro.
A semana passava e chegava sempre o dia do "ataque".
Passava o final de semana e nada.
Nenhum do meu grupo conseguia a tão sonhada namorada.
Vivíamos sempre apaixonados por alguma garota, embora, na maioria das vezes, ela sequer sabia da nossa existência.
Mas é importante dizer uma coisa aos jovens de hoje: relembrando aquela época, sem drogas, sem bebidas, sem funk, sem punk e sem essas porcarias de hoje, vejo-me obrigado a comparar e dizer-lhes que embora sem pegar ninguém, os nossos sonhos valiam muito mais do que os voos que as drogas lhes proporcionam hoje.
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