Talvez Balsas, pelo menos da minha época de garoto, tenha sido a cidade com a maior população de loucos nas ruas por metro quadrado. É claro que não levo em consideração as cidades que haviam manicômio. Estou falando de pessoas acometida da loucura patológica. Esse tipo, pelo menos na minha época, chamávamos de DOIDOS.
Hoje, com o "politicamente correto" o termo caiu em desuso. Mais é bem verdade que nos meus estudos arqueológicos encontrei nos recônditos da memória aqueles que mais me impressionaram o psiquismo em se tratando de aversão à normose coletiva.
Não raro, acredito que outros tantos balsenses como eu hão de lembrar desses homo furiosus balsensis, principalmente se ouvir o nome do GOBILA, NICOLAU, MARIA DOIDA, MARIA BONITA, CAFETEIRA, AGOSTINHO CACETE, MANÉ BIROBA, LURICA, DANIEL DO GESNER, WASHINGTON, IRMÃOS CABORÉ, ZACARIAS, MARIA PETECA, LEGAL, NEDINO DO FRANCELINO FERREIRA, LUIZINHO DO FRANCELINO, ZÉ POCOLA e outros que minha pobre memória já carcomida de psicose já nem ousa lembrar.
Sei que alguns parentes desses nossos contemporâneos podem não concordar com o estado patológico dos seus pupílos, porém, cabe lembrar que esses que foram citados são, pelo menos, unanimidade entre o resto dos balsenses.
Não tenho pretensão de ferir a honra de quem quer que seja, mais tão-somente reavivar a memória de outros balsenses quanto a realidade daquela época e as mudanças que vemos hoje, como também é uma forma de levar o Velho Balsas aos seus filhos que hoje moram distantes, alguns deles nos Estados Unidos, como é o caso do Gaspar do Canhoso e outros tantos mais.
E viva a loucura da lembrança.
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