Hoje, 20 de outubro, é dia do poeta.
Poeta é aquele que vê a luz na escuridão do pensamento usando cores nas imagens e lhes atribuindo sons em perfeita combinação com os sentimentos.
Virgílio, Camões, Gonçalves Dias, Castro Alves, Drummond, Cora Coralina, Mario Quintana, Vinícius de Moraes e outros tantos, souberam bem usar o verbo para colorir e dar asas aos pensamentos cadenciando -os na rima que encanta. Cada um representando o seu lugar de origem, embora o poeta seja homem do mundo. Aqui, talvez, cometa eu a maior gafe de todos os tempos, visto não concordar com Fernando Pessoa que disse:
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
O poeta não finge, o poeta canta o que no momento sente. Vem às enxurradas os sofrimentos que depois encanta quando rimado.
Balsas, cidadezinha do sul do Maranhão, nossa Princesinha do Agreste, foi privilegiada de ter entre seus filhos um grande poeta. Grande na produção e no ser humano que foi. Dr ELOY COELHO NETO é o nosso maior expoente na poesia. Além de poeta foi historiador e tabelião. Escreveu VERSOS BRANCOS, ESPECTROS e outros como a HISTÓRIA DO SUL DO MARANHÃO. A esse grande poeta, já falecido, a nossa humilde homenagem em nome de todos os poetas do mundo.
E como poesia é a expressão de um sentimento de um dado momento da nossa vida, aventurei-me nesse mister, tentando imitar ELOY, para falar de uma fase da minha vida em que vivi no VALE VERDE.
Saiu em brasas o que me deu asas pra falar do....
Vale Verde da minha vida,
Em ano de felação recíproca
A esmo cheguei a ti.
Tanta coisa aprendi
Na inocência de menino,
Lá no Faca só dá librina,
De isope não me banhei.
Busquei balde cheio de sede
E do teu seio nada faltou.
Da Esmeralda professora
Pus a fronte pra sangrar,
Bola de gude cortou vento
Tudo para me vingar.
Espalhei o leite dos neófitos,
Tão nervoso fiquei lá,
Minha tenda desarmou
Foi preciso apanhar.
Outra cisma do meu pai,
Indo embora levei saudades.
As lágrimas verteram forte
Inda hoje sinto saudade.
Vale Verde, minha vida
É por ti minha esperança.
Tenho fé que um dia
Naquela mesma casinha
Que o aconchego me cedeu,
Terás a mim todo de volta
Vou ficar aí para sempre,
E quem promete sou eu.
Em ano de felação recíproca
A esmo cheguei a ti.
Tanta coisa aprendi
Na inocência de menino,
Lá no Faca só dá librina,
De isope não me banhei.
Busquei balde cheio de sede
E do teu seio nada faltou.
Da Esmeralda professora
Pus a fronte pra sangrar,
Bola de gude cortou vento
Tudo para me vingar.
Espalhei o leite dos neófitos,
Tão nervoso fiquei lá,
Minha tenda desarmou
Foi preciso apanhar.
Outra cisma do meu pai,
Indo embora levei saudades.
As lágrimas verteram forte
Inda hoje sinto saudade.
Vale Verde, minha vida
É por ti minha esperança.
Tenho fé que um dia
Naquela mesma casinha
Que o aconchego me cedeu,
Terás a mim todo de volta
Vou ficar aí para sempre,
E quem promete sou eu.
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