A euforia dos corintianos com o título
mundial do Timão me fez lembrar do maior time que já vi jogar. Talvez você não
tenha ouvido falar, mais posso lhe garantir que no time de que vos falo havia jogadores que superavam
até mesmo os do Santos de Pelé.
O homem inventou a televisão, o rádio, o
jornal, porém esqueceu de os apresentar aos balsenses, pelo menos até a época em que vivi por lá. Isso talvez tenha
dificultado ao resto do Brasil conhecer os melhores jogadores de futebol do
mundo, pelo menos o meu e o dos balsenses. Superavam eles a arte do Garrincha,
a inteligência do Pelé, o chute do Rivelino, a precisão do Gerson, a jogada do
Tostão, enfim, vou parar por aqui por que o resto...é resto.
O maior time do mundo foi o BOM JESUS que
era a base da Seleção Brasileira de Balsas.
Agora que você já sabe disso é preciso
também saber quem eram esses tais jogadores. Pois é, esse belo time era formado
de jogadores que suavam pelo simples amor à causa. Não eram remunerados. Cada
um tinha a sua própria forma de sustento. Eram sapateiros, encanadores,
médicos, funcionários públicos, professores e cachaceiros (aqui está
expressando exatamente quem bebe e não quem produz a maldita). O técnico era
também jogador. Talvez pela primeira opção tenha chegado à segunda! Era o
Amâncio. No gol, ninguém melhor que Valdomiro. Quando bebia, então, agarrava
até mosquito (da boca de garrafa). Na
zaga, Nilson Prejuízo, Wilson Bagaço e
Gato de Botas. Do meio pra frente jogavam o Cocá (assisti a despedida
desse grande jogador no Estadium Cazuza Ribeiro), Chico Pão e Xexéu. Nas pontas
Facão de Pau (garoto ainda e irmão do Gato de Botas) e Piloto. Pra fazer gol o
Chico Martins.
Reservas? Nem lembro se havia! Foi o melhor
time que já vi jogar!
Se a televisão, o rádio e o jornal tivessem
o privilégio de conhecer Balsas naquela época, com certeza a historio do
futebol brasileiro seria contada por profissionais do ramo de uma outra forma.
Teriam eles que falar do BOM JESUS e dos maiores jogadores da historia desse
país. Melhor ainda se aquele time existisse hoje: Corinthias teria sido mero coadjuvante e a
sua torcida “bando de loucos” seria bem
menor e mais educada.
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Raimundo Silva Filho