Acordei hoje mais balsense do
que nunca.
Logo cedo recebi uma ligação do meu primo Amaro Cardoso, empresário
em Balsas, e, durante a conversa, acabei recordando muitas coisas de Balsas.
Em seguida saí de casa para realizar alguns exames em um laboratório na cidade de Osasco, situada na grande São Paulo.
Em seguida saí de casa para realizar alguns exames em um laboratório na cidade de Osasco, situada na grande São Paulo.
Lá, enquanto esperava ser atendido, talvez tocado pela ligação que recebi e observando
melhor o atendimento dispensado às pessoas, lembrei-me de uma ocasião em que precisei ser atendido no Hospital
São José na minha querida cidade de Balsas. Isso foi em 1976, ano em que passei por muitos problemas de saúde.
Era bem
cedo da manhã. Balsas ainda dormia quando eu e minha mãe, Luzia Bucar, nos dirigimos ao Hospital São José.
Chegando lá, ficamos esperando
a oportunidade para ser atendido a fim de realizar a coleta de sangue para um exame.
Enquanto esperávamos no salão, chega uma
figura bastante conhecida na cidade, pelo menos naquela época: era Evandro, mais conhecido por Piulinha.
Jovem e descontraído, ele chega e já pergunta o motivo
de estarmos ali.
Minha mãe respondeu.
Quase sem ânimo para nada, mesmo assim me lembro muito bem que o Piulinha trazia consigo, embaixo do braço esquerdo, uma garrafa de plástico, daquelas
usadas por uma marca de álcool. A garrafa estava cheia até a tampa com um líquido amarelo escuro. Na mão direita ele segurava uma lata de 400 gramas, já sem o rótulo. Sabia-se, no entanto, ser um vazilhame de um certo leito em pó muito conhecido.
Piulinha ia de um lado a outro da sala de espera do hospital e aquela atitude me incomodava.
Piulinha ia de um lado a outro da sala de espera do hospital e aquela atitude me incomodava.
Lá pelas tantas, minha mãe
resolveu perguntar a Piulinha o motivo dele está ali. Ele logo despachou:
- Vim trazer o mijo
da mãe pra fazer exame.
Eu, mesmo quase sem poder falar,
não aguentei de curiosidade e perguntei:
- E nessa lata tem o que?
Piulinha, na maior inocência,
respondeu sem pestanejar:
- É a bosta de mãe. Tá cheia
também. É pra fazer exame.
Pois é, voltando ao meus estado normal no salão de espera do laboratório em Osasco, me dei conta de que as coisas mudaram muito
daquela época para cá quando se trata de exames!
Ainda bem.
Ainda bem.
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