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Conselho de Ética no Senado?

   Quando se fala em ética vem logo na mente a maneira mais limpa de alguém se portar em um ambiente social. Quando se fala em conselho de ética remete-nos a um órgão que julgará alguém que não se comportou conforme a ética. Até aí, tudo bem.
   Dentro dessa linha de raciocínio, natural a todos nós, acredito, reles mortais, não poderia deixar passar em branco de elogiar a "postura firme" que os senadores da República LOBÃO FILHO, GIM ARGELLO, CIRO NOGUEIRA, RENAM CALHEIROS e ROMERO JUCÁ, representantes dos interesses dos Estados na Federação, por haverem se portado da forma mais "ética possível" quando se negaram a presidir o Conselho de Ética para  apurar o comportamento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) diante do possível envolvimento do mesmo com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Um por um, nessa sequencia, abdicou do direito de julgar um "colega".
   Muita gente deve estar se perguntando o motivo de ter dado ênfase positiva a esse fato e eu lhes respondo devolvendo uma outra pergunta: será que esses cinco senadores teriam qualidades éticas para apurar qualquer coisa relacionada a ética? Se você respondeu que sim, qual o motivo deles haverem declinado tão sublime missão? Se respondeu que não, corrobora com a minha opinião de que eles agiram de forma ética ao assumirem publicamente não terem ética para julgar.
   A culpa é deles? Em parte sim. E na quase totalidade é nossa quando votamos nesses carentes de qualidades morais para nos representar e também aos Estados. 
   O Estado do Maranhão é contumaz em eleger gente desse naipe: Lobão (pai), Roseana Sarney e outros tantos que nem precisamos lembrar, não é mesmo, senador Sarney?
   Romero Jucá, líder do governo até pouco tempo, é outro que a população de Roraima tem que averiguar mais de perto. Renam Calheiros! Esse nem precisa enaltecer suas "qualidades". O Estado das Alagoas é um devedor por excelência ao Brasil quando o elege por várias vezes e ainda manda o Collor de lambuja. O Distrito Federal por si só já diz tudo: Roriz, Agnelo, Arruda e agora o Gim. Falando em Gim, até a bebida é ruim. O pobre do Estado do Piauí já incorporou esse qualificativo exatamente por enriquecer as mãos santas de uns poucos e empobrecer cada vez mais o resto.
   Fique de olho, faça a sua parte. Lembre-se desses camaradas, dos seus partidos e de suas "obras" no senado, para dar-lhes outra oportunidade de aprenderem ética: voltar para a escola e para o seio familiar. No Senado não.


Lobão Filho - PMDB-MA

Gim Argello - PTB-DF
Ciro Nogueira - PP-PI


Renam Calheiros - PMDB-AL

Romero Jucá - PMDB-RR

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